A pandemia da Covid-19 trouxe muitos desafios para a educação e fez com que as unidades de ensino se reinventassem. A partir das estratégias utilizadas para vencer as barreiras que a distância impôs, as escolas estaduais de Minas Gerais encontraram também formas de aperfeiçoar e expandir seu atendimento, como é o caso do Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS) de Diamantina.
Com o auxílio da tecnologia, a unidade que conseguia atender apenas a comunidade do município sede, expandiu seus atendimentos para outras cidades. A partir daí o sonho de levar a Língua Brasileira de Sinais (Libras) para todos ganhou ainda mais motivação e o CAS Diamantina criou o projeto “Libras em 1 minuto”, como conta o coordenador, Mailson Marques. “O nosso objetivo é levar a Libras no contexto educacional para famílias de pessoas surdas, profissionais da área da educação e para os próprios surdos inseridos em zonas rurais e que não têm o contato com seus pares. É levar a língua de sinais para todos”, afirma.
O projeto funciona da seguinte maneira: professores da unidade gravam vídeos que apresentam um sinal e o seu conceito. As postagens são feitas na rede social da unidade de ensino. “Vamos trabalhar por quadros. Toda segunda-feira vamos postar um vídeo ensinando um sinal do contexto educacional e seu termo”, explica o coordenador.
Na página, já é possível conhecer sinais como professor, escola e disciplina. Segundo Mailson, a aceitação da comunidade está sendo positiva. “A repercussão está muito bacana. Na Libras também temos regionalismo e até professores que participam dos nossos processos seletivos podem conhecer um pouco melhor os sinais utilizados na nossa região”, finaliza Mailson.
O “Libras em 1 minuto” é resultado da parceria entre o Núcleo de Convivência e o Núcleo de Tecnologia do CAS Diamantina. Clique AQUI para acessar os vídeos.
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O CAS na rede estadual de ensino
A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) mantém o funcionamento de oito CAS, localizados nos municípios de Belo Horizonte, Montes Claros, Varginha, Diamantina, Uberaba e três em implementação nos municípios de Januária, Governador Valadares e Juiz de Fora. Eles são implantados por resoluções e funcionam anexos a alguma escola estadual que fica responsável pelas questões administrativas.
Os CAS desenvolvem ações que proporcionam apoio aos profissionais da educação no ensino e aprendizagem dos estudantes com deficiência auditiva e surdos e, também, atuam na produção de materiais acessíveis a esses estudantes.